Teste de Postagem

 


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Guerras e guerras...






"Combater a si próprio é a mais dura das guerras, vencer a si próprio é a mais bela das vitórias." (Friedrich von Logau)

Desde pequeno acostumei-me com a guerra.

Acho que por influência de meus pais – e um cara chamado Freud disse que as coisas sempre começam assim – passei a considerar a guerra um ato normal, quase essencial.

Primeiro foi uma guerra para sair do conforto do ventre de minha mãe, onde eu tinha alimento e segurança, num dia que chamaram de parto e que depois deram o nome, talvez só para me tapear, de aniversário. Eu chorei muito e esperneei ainda mais naquele dia. Mas não teve jeito. Tiraram-me de lá, fazendo-me ver um clarão que quase me cegou. Ainda levei um tapa no traseiro sem motivo algum! Os anos seguintes me mostraram que raramente adianta chorar e espernear...

Depois veio uma guerra particular bem interessante que consistia em ficar em pé e aprender a andar. Meu pai guerreava para comprar fraldas e leite em pó, enquanto minha mãe também travava outra guerra que se estenderia por anos: fazer-me comer o que ela colocava no prato, o que envolveria coisas como fígado e ervilha, em vez de chocolate e gelatina.

Lá pelos quatro anos de idade fui apresentado a um verdadeiro arsenal de guerra. Era um começo de ano e todo mundo pulava e cantava muito numa festa que atendia pelo nome de Carnaval. Ganhei uma espécie de bisnaga de plástico que a gente enchia de água e depois saía molhando a todos que se atrevessem passar pela frente. Ganhei também umas armas feitas de papel – parece que se chamavam confete e serpentina. Estas eram guerras bem animadas!

Ah, lembro-me também dos bombardeios aéreos com batatas fritas atiradas do 18º andar de um prédio onde estive hospedado durante uma viagem de férias.

Anos depois, viriam as guerras que guardo com mais carinho na memória. A guerra de almofadas que começava na sala e terminava como guerra de travesseiros no quarto. Foi uma época de desenvolvimento de táticas de guerrilha. Eu me entrincheirava atrás do sofá e espalhava sapatos e chinelos-mina pela sala e corredores.

Trocar a TV, o videogame e as brincadeiras com os colegas pelas tarefas escolares eram uma guerra e tanto. O mesmo para arrumar o quarto, tomar banho e ir dormir cedo.

Então veio uma série de outras guerras. Guerra para ser aceito pelo time de basquete do clube, mesmo sendo baixinho. Guerra para tirar boas notas e se destacar na escola. Guerra para entender as transformações que os hormônios provocavam no corpo. Guerra para criar coragem e convidar aquela garotinha para sair. Guerra para tomar a iniciativa do primeiro beijo.

Mais alguns pares de anos e as guerras seguintes foram tomando conotação mais séria. Guerra para passar no vestibular. Guerra para obter o diploma. Guerra para conseguir um emprego e, estando nele, aprender a aceitar a hierarquia – às vezes, quase militar –, as ordens impingidas de cima para baixo, os conchavos nos corredores, as conspirações no hall do café, as armadilhas no elevador. Guerras corporativas engendradas por coronéis sem patente, travadas por soldados muitas vezes lançados a campo sem treinamento e provisões. Guerra contra a concorrência, sem interesse na diplomacia. Guerra contra a ineficiência, sem previsão de armistício. Guerra pelo consumidor, por sua preferência e fidelidade.

E, nesta toada, guerra para encontrar uma alma gêmea. Guerra para seduzi-la a casar-se e, depois, a separar-se. Guerra pela custódia dos filhos. Guerra para montar uma empresa, pagar salários, pagar impostos – e, de repente, ter que fechar a empresa. Guerra contra o aumento da gasolina. Guerra contra os juros do cheque especial.

Lendo os jornais observo o desenrolar de outros tipos de guerra. Guerra pela demarcação geográfica, guerra pelo petróleo, guerra pela autoridade. E, talvez a pior de todas: a guerra em nome de Deus, a que chamaram de guerra santa, apenas para envolver de corpo e alma milhões de inocentes, jovens ou maduros, mas que na verdade atende aos mesmos preceitos de terra, dinheiro e poder de todas as guerras convencionais.

Hoje, já adulto, dei-me por conta de como nossas guerras vão perdendo significado real à medida em que nossas pernas crescem. As guerras migram do prazer para a ignorância, da pureza para a intolerância. Bilhões de dólares, euros e libras são gastos para matar mais gente, quando poderiam amenizar a dor e o sofrimento, a fome e a miséria, de outros milhões espalhados pelo mundo. Bilhões de reais são investidos em produtos que não são desejados, em tecnologias que não serão usadas, em treinamentos que não proporcionam aprendizado, em confraternizações que não geram integração. Tudo porque as nações tratam as outras como países, isolando-se em torno de seus interesses. Tudo porque as empresas tratam seus colaboradores como móbiles, fertilizando o terreno para uma guerra civil ao não definirem seus valores, missão e ideais de forma compartilhada.

Olhamos para o lado e vemos a guerra para saber quem avançará primeiro o semáforo fechado, a guerra para determinar quem vencerá a licitação, a guerra contra o narcotráfico, a guerra pela sobrevivência. Nesta hora vemos que Darwin enganou-se, que a seleção não é natural porque a natureza quer, mas porque o homem assim o deseja.

Então, coloco-me diante de minha maior guerra pessoal: a de entender o porquê de as coisas serem assim. Compreender como fui me deixar convocar por este exército de insanos. E imaginar em qual ponto no espaço e em que momento no tempo desgarrei-me da criança que vivia e amava a guerra, como ela deveria ser.

Tom Coelho é educador, palestrante em temas sobre gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. Contato: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

Um sentido para a vida...


Um sentido para a vida
* por Tom Coelho

“Não importa o que nós ainda temos a esperar da vida,
mas sim o que a vida espera de nós.”
(Viktor Frankl) 

Tenho acompanhado com apreensão leitores e amigos manifestando suas insatisfações para com a vida. São sentimentos diversos que transitam da frustração por conquistas não alcançadas, passando pela desmotivação decorrente da falta de reconhecimento, até a mera desilusão diante da falta de perspectivas.

Refletir a este respeito levou-me a reler a obra “Em busca de sentido – Um psicólogo no campo de concentração”, de Viktor Frankl, fundador da logoterapia, considerada a terceira escola vienense de psicoterapia (as outras duas são as de Freud e Adler). Trata-se do fascinante relato autobiográfico do autor acerca de sua experiência como prisioneiro em Auschwitz e outros campos durante a Segunda Guerra Mundial.

Para a logoterapia, a busca do indivíduo por um sentido na vida é a força motivadora primária para o ser humano. Frankl apresenta pesquisa feita com quase oito mil alunos de 48 universidades que perguntados sobre o que consideravam “muito importante” naquele momento, 16% declararam “ganhar muito dinheiro” e 78% afirmaram “encontrar um propósito para a vida”.

Outro exemplo recente foi a pesquisa realizada no início de 2013 pelas consultorias DMRH e Nextview apontando que quatro em cada dez executivos brasileiros estão dispostos a mudar de empresa porque buscam um trabalho alinhado aos seus propósitos e valores.

Mas esta angústia existencial, a dúvida sobre se a vida vale a pena ser vivida, evidentemente não se restringe ao âmbito profissional. Ela assume contornos maiores, manifestando-se num estado de tédio e apatia através dos quais a pessoa vai morrendo interiormente e lentamente.

Como bem pontuou Frankl, as emoções são como algo em estado gasoso. Tal como um gás preenche de forma uniforme e integral todo um espaço vazio, assim a tristeza, a solidão, a angústia e o sofrimento ocupam toda a alma humana. Por sorte, analogamente, o mesmo se aplica à menor das alegrias.

Por isso, não basta o mero interesse primitivo em se preservar a vida. É essencial que cada pessoa identifique sua missão (do latim missio, o enviado) e ouça sua vocação (do latim vocatio, o chamado) nesta busca por propósito, a qual pode ocorrer a partir de três caminhos básicos: (a) pela necessidade de se concluir um trabalho qualquer que será legado à humanidade e que depende exclusivamente de seu protagonista; (b) pelo sofrimento, tal qual o experienciado pelos prisioneiros nos campos de concentração ou por alguém que luta contra uma doença incurável; e (c) pelo amor, o bem último e supremo que pode ser alcançado pela existência humana – e não necessariamente o amor físico, mas o amor espiritual, até mesmo inanimado.

Em sua busca por um sentido para a vida, lembre-se de que embora o sucesso seja perseguido do ponto de vista profissional, e a felicidade, no âmbito pessoal, é preciso salientar que ambos devem ser decorrências naturais. Por isso, pare de persegui-los e, quando você não mais se lembrar deles – sucesso e felicidade –, fatalmente acontecerão em sua vida. Tenha também em mente que ambos são transitórios. Afinal, se você fosse feliz o tempo todo, não seria feliz em tempo algum...



* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

O mal da mediocridade...



O mal da mediocridade
* por Tom Coelho

“Tenho mais medo da mediocridade que da morte.”
(Bob Fosse)


Dia destes, em um voo durante a madrugada, uma senhora sentada ao meu lado, na poltrona central, tentava acomodar com a cabeça apoiada no colo seu filho adormecido de pouco mais de três anos, que acabara de passar por uma cirurgia cardíaca. O quadro era de grande desconforto. Por isso, decidi ceder meu lugar no corredor a ela, deslocando-me para um assento localizado na saída de emergência.

A comissária imediatamente me interpelou, informando que aquele assento era exclusivo para quem havia “adquirido o produto no check-in”, de modo que eu deveria retornar ao lugar de origem. Diante de minha explicação sobre o porquê de eu ocupar aquela poltrona naquele momento, ela emendou: “Estou apenas seguindo ordens”.

Em outra ocasião, hospedei-me em um hotel luxuoso reservado pela empresa contratante, com um valor de diária exorbitante para quem apenas repousaria por algumas poucas horas. Assim que adentrei o quarto, busquei o cardápio do room service, a fim de fazer uma refeição após tantas horas de voo. Porém, o atendente na cozinha disse-me que não poderia acatar meu pedido, pois o serviço havia encerrado à meia-noite. Detalhe: o relógio marcava meia-noite e nove!

A mediocridade é uma das maiores chagas do mundo moderno. Ela representa estatisticamente a porção central da distribuição normal, ou curva de Gauss, segundo a qual cerca de 70% dos eventos observáveis encontram-se dentro da média com mais ou menos um desvio padrão.

É medíocre o aluno que se esforça apenas para obter a nota mínima exigida para passar de ano. É medíocre o estudante de pós-graduação que comparece às aulas com desinteresse, pois seu único objetivo é alcançar o certificado de conclusão do curso para rechear seu currículo. É medíocre o trabalhador que lacônica e covardemente apenas cumpre ordens, destituindo-se de um mínimo de bom senso e flexibilidade, como nos dois casos acima relatados.

Olhando para os extremos da curva de Gauss, identificamos dois grupos importantes de variáveis, muito acima ou muito abaixo da média, e que por esta característica de excepcionalidade impactam de forma decisiva os rumos da história. É o que Nassim Taleb denomina de “Extremistão”, em sua obra A lógica do cisne negro – O impacto do altamente improvável.

No mundo da gestão de pessoas, temos do lado direito da curva os grandes líderes e realizadores, aqueles que se destacam pela proatividade e elevada resiliência. Já do lado esquerdo, encontramos os estúpidos, dotados de falta de discernimento e sensibilidade.

O maior desafio de um gestor, líder ou educador, em qualquer cenário ou âmbito, é distorcer a curva de Gauss, trazendo os tolos ao menos para a média – ou livrando-se deles, quando possível – e estimulando os medíocres a abandonarem a zona de conforto para se tornarem pessoas especiais, comprometidas e engajadas, capazes de fazer não apenas o possível, mas de entregarem o seu melhor.

Agora eu lhe pergunto: em que ponto da curva você se encontra?



* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

A vida na encruzilhada...


A vida na encruzilhada
* por Tom Coelho

“Não espere por uma crise para descobrir
o que é importante em sua vida.”
(Platão)


Invariavelmente você passará, e mais de uma vez no decorrer de sua vida, por dilemas acerca dos caminhos a seguir em busca da tão almejada felicidade.

São situações únicas nas quais escolhas precisam ser feitas, decisões devem ser tomadas e a protelação apenas alimenta e aumenta a angústia, a ansiedade, a frustração e a insatisfação.

Nestas ocasiões, é comum declarar não saber o que se quer. Decerto, os primeiros questionamentos são com relação ao sentido da própria vida, levando ao entendimento de que se trata de uma “crise existencial”, na qual imperam o vazio e o caos.

O fato é que este é um momento singular para grande reflexão pessoal a fim de identificar, reconhecer e enfrentar esta crise. É hora de questionar valores, encontrar novas referências, compreender transformações, acolher mudanças ou promover rupturas. Você controla seus pensamentos, amadurece suas emoções e decide sair da zona de conforto, abandonando o comodismo e o conformismo, buscando soluções para seus problemas em lugar de culpados.

Por se tratar de um processo, não é algo que será resolvido em um único final de semana. Por isso, é importante ter paciência e dar tempo ao tempo. Interprete esta fase como um período de aprendizado que poderá levar você ao crescimento, à evolução e à superação.

Lembre-se de formular muitas perguntas – e buscar respostas para a maioria delas. E embora as tais respostas devam vir de você mesmo, convém consultar terceiros, porém com parcimônia, pois respostas desencontradas podem mais desorientar do que ajudar.

Saber o que não quer, também é um grande progresso. Assim é o estudante diante da escolha de qual carreira seguir, que embora frente a múltiplas possibilidades, tem ao menos a convicção de que selecionar Administração exclui Medicina, uma inclinação ao Direito enfraquece a opção por Engenharia, e vice-versa.

O profissional em transição de carreira pode ter dúvidas entre pedir demissão e procurar outra empresa, tornar-se consultor, abrir um empreendimento próprio, fazer um concurso público ou mesmo tirar um período sabático para reflexão. Mas será um grande avanço saber que não pretende continuar em seu atual emprego, posto que desestimulado seja pela falta de desafios, oportunidades, reconhecimento ou clima organizacional agradável.

Analogamente, um relacionamento conjugal desgastado, arrasta-se e sucumbe de tal forma que a separação não decorre porque se deseja ficar só ou buscar a companhia de outra pessoa, mas apenas porque não se deseja continuar ao lado de quem está hoje.

Nossa vida, nos dias atuais, tornou-se alienante, diante de sua rapidez e senso constante de urgência. Deixamos de valorizar o que temos para projetar o que não temos, com base nas imposições da sociedade e no ideal de status.

O que realmente vale a pena é aquilo que nos traz serenidade, sossego e paz de espírito. Que nos permite sorrir de forma autêntica e compartilhar da convivência das pessoas que apreciamos. Que nos possibilita recostar a cabeça no travesseiro no final do dia e dormir o sono leve, acolhedor e reconfortante de quem fez o melhor e se prepara para um novo e edificante amanhecer.



* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

A chave da boa educação...




A chave da boa educação
* por Tom Coelho

"A boa educação é moeda de ouro: em toda parte tem valor."
(Padre Antônio Vieira)


Não é tijolo que educa. Escolas podem ser reformadas e ampliadas, quadras poliesportivas construídas, computadores de última geração instalados, e ainda assim a qualidade de ensino continuar sofrível porque a chave para a boa educação está no professor.

Ser professor neste país já foi símbolo de status. Contudo, pesquisa realizada em 2009, pela Fundação Carlos Chagas, encomendada pela Fundação Victor Civita, apontou que apenas 2% dos universitários escolhem o magistério como primeira opção de carreira. Pior, os que o fazem estão entre os 30% de estudantes com pior desempenho escolar que usam a licenciatura e a pedagogia como mera porta de entrada para o nível superior, haja vista serem cursos pouco disputados.

Em contrapartida, na Finlândia, meca do ensino no mundo, para abraçar a carreira de docência o candidato deve estar entre os 20% melhores alunos. Em Cingapura, outra referência, apenas os 30% melhores são aceitos. A lição é simples: o caminho está em selecionar os professores com maior potencial, valorizá-los e extrair o máximo deles.

Neste debate, o salário sempre surge como um dogma. O detalhe é que estudos diversos, inclusive do exterior, desmistificam esta assertiva, comprovando a inexistência de uma correlação direta entre salários maiores e melhor qualidade de ensino. Mas é fato que a questão salarial exige que o profissional acumule vários empregos, tendo menos tempo para capacitação e preparação de aulas. E não se pode negligenciar que a remuneração é um forte atrativo. Afinal, um professor da rede pública, em São Paulo, atinge ganhos mensais da ordem de R$ 4.000,00, incluindo bônus por desempenho, após anos de exercício da profissão, o que representa apenas 15% da bagatela que juízes, e agora também parte do legislativo, recebe. É para fugir do magistério.

Contudo, o maior problema do corpo docente não é o salário, e sim o despreparo, a falta de vocação e interesse em lecionar, e o descrédito da categoria profissional. O Estado brasileiro fez uma opção míope pela quantidade em lugar da qualidade. Assim, valem as estatísticas de redução do analfabetismo, ainda que se formem analfabetos funcionais. Vale perseguir a meta de 30% de estudantes com nível superior, ainda que formados em universidades de fundo de quintal, que vendem diplomas a baciada, em suaves prestações mensais. Neste contexto, ensino vira negócio e, aluno, cliente.

Na Finlândia, o nível de mestrado é pré-requisito para lecionar, exceção feita à pré-escola. No Brasil, apenas 2% dos docentes no 8º ano do ensino fundamental são mestres. Na busca pela quantidade, não é possível formar adequadamente os profissionais mediante uma capacitação que transcenda o conhecimento técnico. Tal qual uma residência médica, o professor precisa de respaldo empírico em sua formação.

A valorização do professor é instrumento essencial para a melhoria da qualidade da educação. É preciso resgatar a autoridade do docente, inseri-lo em um processo de desenvolvimento contínuo, motivar os educadores a trabalharem por metas e ensiná-los a inspirar os educandos. Alunos de professores ruins aprendem mal, aprendem menos e reproduzem o circulo vicioso que já conhecemos.



* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

Errar, falhar... Por que negar?




Tenho percebido que, a cada dia, as pessoas vão entendendo, cada vez mais, que errar faz parte do processo de ser humano. E começam a ser mais complacentes e menos exigentes consigo mesma e com os outros. E isso não quer dizer, absolutamente, que estejamos abrindo mão da qualidade. E também não estou fazendo qualquer apologia à falta de precisão.

O que quero dizer é que se errei, por que não posso assumir esse meu erro? Outro dia ouvi de um gestor que "Não posso me dar o direito de errar". No meu entendimento isso já é um erro, pois, é lógico que em algum momento da sua vida (profissional ou não), ele irá errar. Agora, se ele vai assumir esse erro, é outra coisa. Por esse seu pensamento, sinceramente, acredito que não.

Por outro lado, já presenciei algumas cenas que merecem ser citadas. Um dia eu estava assistindo o DVD de um show gravado ao vivo de uma famosa cantora, quando ao iniciar uma música, ela, inesperadamente, parou de cantar, pediu desculpas ao público e ao maestro, e informou que havia se esquecido de colocar o fone, que, acredito (já que não entendo nada de parte técnica de um show) deve nortear a sua apresentação. Colocou o aparelho e voltou a cantar. O público aplaudiu a atitude da artista. Pode até ser uma ação previamente programada, tanto é que a cena não foi retirada durante a edição. Mas, e se não for? Qual interpretação podemos dar?

Como você avalia a atitude dela? O que foi melhor? Ela assumir que esqueceu o tal equipamento, pedir desculpas e voltar a exercer a sua atividade corretamente ou seria melhor ela arriscar a continuar ou, ainda, o que é pior, culpar alguém por um possível insucesso?

Vamos fazer um paralelo desta ação da artista com a posição a ser tomada por um gestor. Em sua opinião, o que acontece quando um líder assume seu erro? Os seus liderados valorizam a ação e passam a admirá-lo ou acontece o contrário? Os liderados perdem a confiança nele? Será que você vai achar que perde?

Estou falando assim porque a maioria dos gestores tem um comportamento de certa forma padrão: não aceitar o próprio erro (enquanto não perdoam os erros dos liderados). Suponho que você não seja assim, mas se for, ainda há chances de deixar despertar novas visões/percepções sobre o ato de errar.

Pense: "Será que já não está na hora de revermos os nossos conceitos sobre essa exaltação exacerbada ao acerto?". Afinal de contas, até o momento atual, o nosso paradigma é que acertar é tudo: essa é a nossa verdade e é isso que sabemos!

Entretanto, o filósofo alemão Nicolau de Cusa, na sua obra mais importante, a Douta Ignorância, diz que quanto mais sábia uma pessoa for, mais ela reconhecerá a ignorância que lhe é própria. Contradição? Não, apenas um modo diferente de ver "a verdade". Ele afirma ainda que o nosso conhecimento conceitual é meramente aproximativo.

Sócrates também afirmava: "Só sei que nada sei".

Assim, convido você para refletir um pouco. Será que você não está condicionado a não assumir os próprios erros? Ter como verdade que o certo, enquanto líder, é não assumir os erros? Tente analisar a sua trajetória profissional e ver as consequências das situações nas quais você esteve envolvido e independentemente da gravidade ou da importância que foi dada ao erro, como a sua equipe reagiu. Agora recomendo que você faça outro exercício: tente reconstruir mentalmente a situação.

O que você teria feito de diferente? Como a equipe estaria reagindo? Seria mais produtivo?

É claro que mudar não é tão simples, principalmente se você ocupa uma posição no alto escalão da empresa. Afinal, na sua cabeça podem estar se passando algumas mensagens contrárias ao que estou escrevendo, mas, em minha opinião, vale à pena tentar. Não sei como você vê essa situação, mas para mim, é algo que não tem volta.

E se você não muda, alguém estará mudando e ganhando a simpatia dos liderados que se traduz em maior comprometimento, motivação, produtividade etc.

Entendo que essa é mais uma etapa nos processos espontâneos que a Gestão de Pessoas está sendo submetida, resgatando o ser humano que está em nós. Essa etapa também está livrando os gestores das amarras as quais eles mesmos se submetem, mostrando que não é necessário reinventar a roda ou buscar ideias mirabolantes para aparecer bem juntos às pessoas que lideram.

Lembre-se: "O sucesso de um líder com as pessoas está nas ações simples, como o estabelecimento de um relacionamento de admiração e confiança. É sucesso que você quer ou não?". Pense nisso: aja e seja feliz!

Fonte : Rh.com.br

Atitudes para alcançar seus objetivos...

 
 
 
Por que você foi tão bem em alcançar alguns objetivos, mas não outros? A resposta intuitiva que temos é a de que nascemos com talento para determinadas coisas – mas essa é só uma peça de um imenso quebra-cabeça. Na verdade, pesquisas sugerem que pessoas bem sucedidas alcançam seus objetivos não simplesmente por serem o que são, mas por fazerem o que fazem. E aqui vão nove coisas que elas fazem de uma forma diferente.

1. Seja específico Quando você define um objetivo, tente ser o mais específico que puder. “Perder 5 quilos” é melhor do que “perder peso”, porque te dá uma ideia clara do que é ser bem sucedido nessa situação. Além disso, pense quais são as ações específicas que você precisa para chegar lá. Apenas prometer que “vai comer menos” ou “dormir mais” é muito vago – seja claro e preciso. “Eu vou estar na cama às 10 da noite durante a semana” não deixa desculpas sobre o que você precisa fazer.

2. Aproveite o momento para agir nos seus objetivos Considerando o quão ocupados a maioria de nós é e quantos objetivos visamos de uma vez só, não é nenhuma surpresa que perdemos oportunidades de agir por um deles pelo simples fato de não notar os momentos oportunos. Será que você realmente não tem tempo para trabalhar fora hoje? Nenhuma chance de retornar aquela ligação? Atingir seu objetivo significa agarrar estas oportunidades antes que elas escorram entre seus dedos. Para aproveitar o momento, decida antecipadamente quando e onde você irá agir. Mais uma vez, seja o mais específico possível. Estudos mostram que esse tipo de planejamento ajuda seu cérebro a detectar as oportunidades quando elas chegam, aumentando suas chances de ser bem sucedido em até 300%.

3. Saiba exatamente o quanto falta para alcançar o objetivo Alcançar qualquer objetivo também requer um monitoramento honesto e constante do seu progresso – se não dos outros, de você mesmo. Se você não sabe quão bem está indo, não pode ajustar seu comportamento ou estratégias adequadamente. Cheque seu progresso frequentemente – semanalmente, ou mesmo diariamente, dependendo do objetivo.

4. Seja um otimista realista Acreditar em sua capacidade para vencer é extremamente útil para criar e sustentar sua motivação. Mas o que quer que você faça, não subestime o quão difícil será alcançar seu objetivo. A maioria dos nossos anseios exige planejamento, tempo, esforço e persistência.

5. Foque em ‘obter o melhor’, ao invés de ‘ser bom’ Acreditar que você tem capacidade para alcançar seus objetivos é importante, mas não tanto quanto acreditar que você pode obter uma capacidade. Muitos de nós acreditamos que nossa inteligência, personalidade e aptidões físicas são fixas - não importa o que fizermos, não vão melhorar. Como resultado, nos concentramos em objetivos que estão ao nosso alcance, ao invés de desenvolver e adquirir novas habilidades. Felizmente, décadas de pesquisas sugerem que a crença na capacidade fixa é completamente errada: habilidades de todos os tipos são profundamente maleáveis. Considerar o fato de que você pode mudar lhe permitirá fazer escolhas melhores e atingir seu pleno potencial.

6. Tenha coragem Ter coragem é a vontade de se comprometer com metas de longo prazo e de persistir em face da dificuldade. A boa notícia é que, se você não está particularmente corajoso agora, há algo que pode fazer sobre isso. Pessoas que não têm coragem, muitas vezes, simplesmente acreditam que não têm as habilidades ‘inatas’ das pessoas bem sucedidas. Se isso descreve seu pensamento, você está errado. Como mencionei anteriormente, o planejamento, esforço, persistência e boas estratégias são o que realmente é preciso para ter sucesso.

7. Desenvolva sua força de vontade Sua força de vontade é como um dos músculos do seu corpo: quando não é exercitada, torna-se mais fraca com o tempo. Mas quando você lhe dá exercícios regulares, colocando-a em bom uso, ela vai crescer cada vez mais forte e capaz de ajudá-lo a alcançar seus objetivos. Quando você estiver querendo desistir, não permita isso. Comece uma atividade e faça um plano de como você vai lidar com os problemas quando eles ocorrerem. Será difícil no começo, mas vai ficar mais fácil com o tempo. E, além disso, se a sua força cresce, você pode assumir mais desafios.

8. Não abuse da sorte Não importa o quão forte sua força de vontade se torne, é importante respeitar o fato de que ela é limitada. Portanto, não tente assumir duas tarefas ao mesmo tempo. E não se coloque em perigo - muitas pessoas são tão excessivamente confiantes em sua capacidade de resistir à tentação, que acabam se colocando em situações em que não são capazes de fazer isso.

9. Foque no que você irá fazer, ao invés do que não irá Você quer perder peso, parar de fumar ou colocar uma tampa no seu mau humor? Então, planeje como você irá substituir maus hábitos por bons, ao invés de focar apenas nos próprios maus hábitos. Pesquisas sobre a supressão de pensamento mostram que a tentativa de evitar um pensamento o torna ainda mais ativo em sua mente. Por exemplo, se alguém disser “Não pense em ursos brancos!”, você com certeza vai fazer isso. O mesmo vale quando se trata de comportamentos: ao tentarmos não desenvolver um mau hábito, eles se fortalecem ao invés de serem quebrados. Por isso, se você quiser mudar suas maneiras, pergunte a si mesmo “o que vou fazer em vez disso?”. Suponhamos que você está tentando controlar seu temperamento. Você pode começar a se planejar sobre isso: “Se estou começando a sentir raiva, então eu vou respirar profundamente para me acalmar”. Usando essa solução como um substituto para ceder sua raiva, seu mau hábito vai ficar desgastado até desaparecer completamente.

A minha esperança é que, depois de ler sobre as nove coisas que as pessoas de sucesso fazem de maneira diferente, você ganhe alguns insights sobre o que tem feito certo. Ainda mais importante, espero que seja capaz de identificar os erros que descarrilharam você, e usar esse conhecimento para a sua vantagem a partir de agora. Lembre-se: não se trata do que você é, mas do que você faz.

Fonte: Forbes.com.

Tome cuidados com o novo emprego...




Depois das primeiras impressões, uma sensação de frustração se abate: "onde foi parar aquela empresa maravilhosa?"

Quando você resolve mudar de empresa, depois de pensar no dinheiro e no que irá fazer, preocupa-se em saber se conhece alguém que poderá ajudar e quem poderá atrapalhar.

O primeiro dia é maravilhoso. Você é o centro das atenções, faz um tour por todas as áreas, e todos querem saber quem você é e o que você fará, de onde veio, etc.

O retorno à sua mesa lhe traz mais surpresas: parece que os processos realmente são perfeitos, recebe o notebook, celular, ID, senhas de acessos, e-mail.

Em seguida o representante do RH entrega o crachá, plano de saúde, seguro de vida. Sua sensação é de que precisará de muito tempo para aprender a utilizar todas as ferramentas e todos os processos.

Abrindo o correio eletrônico, além dos e-mails de boas-vindas, você encontra uma convocação para uma reunião com o chefe. Durante a reunião percebe olhares com ares de inveja, outros com curiosidade, e alguns quase verbalizam “Quem é este cara, por que eu não fui escolhido para esta vaga?”

As semanas passam e você percebe que em nenhum lugar as coisas são perfeitas: uma coisa são as apresentações e os processos, outra coisa é o mundo real.

Da mesma maneira que a imensa satisfação tomou conta das suas emoções nas primeiras semanas, uma sensação de frustração se abate: “onde foi parar aquela empresa maravilhosa?”.

Ela continua no mesmo lugar. O que mudou foi você, que passou a enxergar as coisas como elas realmente são. O erro recorrente é que todos esquecem que as empresas são feitas de pessoas e que elas são diferentes, possuem culturas, objetivos e reações para cada situação.

Observe, qualifique cada um; quem você deve ter cuidado, onde estão os amigos e onde estão os concorrentes leais e os nem tanto. Criar uma estratégia para o convívio com cada um é uma questão de sobrevivência.

Alguns cuidados são importantes. Aparecer demais nunca é bom porque torna-se um alvo fácil. Ser extremamente low profile também não é porque você pode ser esquecido e descartado. Nunca esqueça: sempre observe, negocie e comunique.

O maior erro dos profissionais é colocar toda expectativa e objetivos de sua vida sobre a empresa e sobre a sua posição profissional. Muitos se esquecem de si e, pior ainda: da sua família. Quem não conhece pessoas que adoeceram e ficaram sozinhos por pensar apenas no lado profissional.

Dedique-se à sua empresa e à sua carreira, mas nunca se esqueça: emprego conseguimos outro, já a família..

Fonte :Alberto Parada  -  Professor de MBA e Pós-graduação da Fiap

A um passo do primeiro emprego...



A grande lamúria dos jovens que estão em busca do primeiro emprego é a falta de oportunidade para adquirir experiência. Profissionais de recursos humanos e orientadores de carreira devolvem: a conquista do trabalho número um exige do jovem inexperiente análise do mercado de trabalho. Em outras palavras, requer sabedoria para discernir onde estão as empresas que procuram os calouros e o que elas querem.

Nesta época do ano a oportunidade está na indústria e, em maior parte, no varejo. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário (Asserttem), cerca de 30% das vagas temporárias deverão ser preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego. Estima-se a contratação de 139 mil profissionais para suprir a demanda do Natal.

Para Paulo Queija, consultor de recursos humanos da MQS Consultoria e Treinamento Empresarial, o jovem pode acumular uma valiosa experiência na contratação temporária. “Além das possíveis vagas para efetivação ao final do período, algumas empresas buscam novos talentos para a renovação de seu quadro”, destaca. Localizado na baixada santista (São Paulo), o Litoral Plaza Shopping estima 660 contratações para o Natal em suas 220 lojas. Em 2009, 20% dos temporários foram efetivados.

O setor de telesserviços é outro filão para os jovens sem experiência. De acordo com a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), a atividade cresce 10% ao ano. A expectativa é terminar 2010 com 37 mil novos postos de trabalho. Grande parte dessas vagas é destinada aos jovens em condição de primeiro emprego. “É um setor que não exige experiências anteriores e, ao mesmo tempo, oferece ótimas oportunidades de desenvolvimento profissional e evolução na carreira”, atesta Neiva Dourado Martins Mendes, diretora de recursos humanos da DEDIC GPTI.

Quem não tem perfil para atuar no varejo ou em call centers pode encontrar no voluntariado e nos programas especializados a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Para Michelle Caetano, orientadora pedagógica do Programa Preparação para o Trabalho, mantido pela organização não-governamental Ação Comunitária, essas práticas permitem agregar competências valorizadas pelas empresas. “São ações que possibilitam ao jovem ampliar sua rede de relacionamentos (network) e a partir daí conseguir alguma indicação para uma vaga de emprego”, ressalta.

Programas de Estágio e Trainee Estagiar é exercitar a teoria aprendida na escola seja ela de nível médio, técnico ou superior. Para Ruy Leal, superintendente geral do Instituto Via de Acesso, o bom estágio é o melhor caminho para o jovem conhecer o universo do trabalho dentro de sua área de formação.

Autor de “Superdicas para o jovem escolher bem sua profissão” (Editora Saraiva), ele destaca que o estagiário precisa ter o mínimo de conhecimento teórico e foco na área de interesse. “Um estudante de Arquitetura, por exemplo, deve identificar se deseja trabalhar num escritório ou em empresas de construção antes de disseminar seu currículo.”

Jovens no final da graduação ou recém-formados, que buscam a primeira oportunidade profissional por meio de um programa de trainee, devem ficar atentos aos sites corporativos e às redes de relacionamento. “O trainee precisa estar antenado com a sociedade. Deve ser uma pessoa politizada, que saiba se posicionar sobre temas da atualidade e lidar com pessoas”, afirma Gustavo Nascimento, gerente da Foco Talentos.

Conhecimento em idiomas estrangeiros, principalmente o inglês e o espanhol, também é importante. “Diria que 90% dos programas pedem ao menos o inglês avançado”, diz Nascimento.

Fonte: Rômulo Martins, do Empregos.com.br.
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